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Tendências 07/10/2022

Deficiência Intelectual e estratégia de ensino

Dicas para montar uma boa estratégia de ensino para alunos com DI

Se você lida com alunos que possuem algum grau de deficiência intelectual, a preocupação sobre o que trabalhar em sala de aula e como trabalhar o conteúdo deve ser uma preocupação constante, correto? Se você respondeu que sim, então continue lendo que ao longo deste texto iremos dar dicas de como você, no papel de educador e/ou educadora, pode trabalhar com alunos que têm deficiência intelectual.

Desmitificando a deficiência intelectual

Antes de começarmos com as dicas, é bom desmitificar duas ideias sobre a deficiência intelectual que são erradas, mas ainda muito propagadas entre as pessoas.

A primeira ideia que temos que desmitificar é a de que existe um padrão de desenvolvimento intelectual que pode ser considerado “normal” e outro “anormal”, pois foi por conta deste enquadramento que os alunos com deficiência intelectual passaram a ser tratados de forma errada e segregada.

O termo “retardo mental” começou a ser utilizado para se referir a esses indivíduos, inclusive, por reflexo desse pensamento de que existe um desenvolvimento “normal”. O termo retardo remete ao atraso em relação à alguma coisa, e neste caso, atraso em relação ao desenvolvimento intelectual. Mas a verdade é que cada um tem seu ritmo e suas individualidades, e os alunos que possuem dificuldades no desenvolvimento cognitivo por decorrência de alguma deficiência, transtorno etc., não devem ser tratados como atrasados, pois eles estão dentro do seu próprio ritmo, no desenvolvimento “normal” para sua condição.

E a segunda e última ideia a ser desmitificada é a de que crianças com deficiência intelectual possuem uma “idade mental” diferente das outras crianças. O aluno com deficiência intelectual não tem idade mental diferente da cronológica, nem é menos inteligente que os demais coleguinhas. O aluno com DI tem suas diferenças por conta das limitações que possui em decorrência da deficiência, mas outros alunos, mesmo os que não possuem DI, também têm suas particularidades. Ao trabalhar com a educação inclusiva, é sempre importante lembrar que a diferença deve ser reconhecida como um valor e que cada um tem o direito de ser como é, sem ser considerado inferior por isso.

A estratégia de ensino

Compreendendo então as suposições erradas que são feitas sobre as limitações da criança com deficiência intelectual, é preciso saber aplicar essa compreensão na prática escolar, não é mesmo?

E para começar, é preciso entender que a condição humana, a maneira como nos portamos e interagimos, tudo isso não é natural, e sim construído ao longo de um processo histórico cultural. Dessa forma, o desenvolvimento tanto de pessoas que possuem deficiência intelectual quanto as que não têm, é determinado pelas interações ao longo da vida, das oportunidades de aprendizagem que são oferecidas.

Portanto, a sua principal ação, como educador e/ou educadora, deve ser em focar nas possibilidades do estudante com DI, e não nos seus déficits. O aluno deve ser deixado junto com seus colegas que não têm DI, e as atividades não devem ser mais “fáceis” para ele, mas sim adaptadas de acordo com sua capacidade, que pode ou não ser influenciado pela deficiência intelectual.

Por fim, essas são as principais dicas que temos para ajudar você, educador e/ou educadora, a melhorar sua estratégia de ensino para os alunos que possuem DI. Esperamos que agora, depois de ler este texto, você possa utilizar dessas informações para pensar uma didática mais inclusiva e menos excludente.

E se você gostou do conteúdo do texto, não deixe conferir nossos cursos de Educação Inclusiva, que possuem textos muito mais detalhados e específicos sobre o tema.

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